Cidade do Vaticano – O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi,
explicou aos jornalistas como será a programação da Vigília pela paz, neste
sábado, na Praça São Pedro.
Considerando que o
Dia de Jejum e Oração possui um sentido Penitencial, de conversão, o Papa
Francisco quis que houvesse uma possibilidade específica para o Sacramento da
Penitência. Em função disto – explicou Pe. Lombardi – 50 confessores estarão
posicionados no Braço de Constantino, sob as colunatas, a partir das 17hs45min
até o final da Vigília.
Às 18hs30, antes do
início da Vigília, será lido o texto do Angelus do último domingo, quando o
Papa lançou esta iniciativa. O início da Vigília, propriamente dita, será às 19
horas, com a saudação litúrgica do Papa do altar, sobre o Sagrado.
O canto do “Veni
Creator” e a primeira parte da Vigília terá um caráter mariano, quando será
entronizado o ícone da Salus Populi Romani, levado em procissão desde o
Obelisco até o Sagrado, acompanhado por Guardas Suíços e por jovens que farão
uma homenagem com flores à Virgem Maria. Será então recitado o Terço, com os
vários Mistérios comentados com uma leitura bíblica e com um texto de Santa
Terezinha do Menino Jesus. Ao final de cada Mistério, será rezada a invocação
“Rainha da Paz, rogai por nós”. Após esta primeira parte mariana, o Papa
Francisco fará uma meditação, o que deverá ocorrer entre 20hs e 20h30min.
Após a meditação do
Santo Padre, terá início a segunda parte da Vigília que terá um caráter mais
Eucarístico, com a exposição do Santíssimo Sacramento e a adoração eucarística
dividida em cinco partes, e que terá leituras bíblicas sobre o tema da paz, a
oração de um Pontífice sobre o tema da paz, começando por Pio XII; após haverá
invocações em forma responsorial para pedir a paz, mas também cantos, a oferta
de incenso e silêncio para Adoração pessoal. Ao final de cada uma das partes em
que está dividida a Adoração, haverá um som de órgão, enquanto um casal fará a
ofertas de incenso, à direita do altar. Serão cinco casais provenientes da
Síria, Egito, Terra Santa, Estados Unidos, Rússia.
Após a Adoração
conduzida, será a vez do Ofício das Leituras, que é uma das orações oficiais da
Igreja, também conhecida como Breviário. O ofício das leituras compreende não
somente os salmos, mas também leituras e para uma celebração de Vigília, este
pode ser enriquecido com ulteriores leituras.
Ao final do Ofício
das Leituras, previsto para às 22h15min, terá início um longo período de silêncio
e adoração prolongada, até 22h40min. A execução de trechos musicais poderá
acompanhar o tempo de silêncio. Ao final será concedida a bênção Eucarística
pelo Santo Padre. O Papa Francisco estará presente durante toda a Vigília.
PELO ECUMENISMO
O Papa Francisco
recebeu nesta quinta (5), no Vaticano, a autoridade máxima da Igreja Ortodoxa
Sírio-Malankar, o Catholicos Moran Baselios Marthoma Paulose II.
Em seu discurso, o
Papa recordou o percurso que as duas Igrejas empreenderam em especial nos
últimos trinta anos – percurso que produziu frutos preciosos sobre temas como o
uso comum de locais de culto, a mútua concessão de recursos espirituais e até
mesmo litúrgicos.
“No caminho
ecumênico, é importante olhar para os passos realizados, superando preconceitos
e isolamento, que fazem parte daquela ‘cultura de colisão’, que é fonte de
divisão, e deixando espaço para a ‘cultura do encontro’, que nos educa à
compreensão recíproca e a atuar pela unidade.”
Todavia, advertiu o
Pontífice, é impossível fazer isso sozinhos; nossas fraquezas e pobrezas tornam
o caminho mais lento. “Por isso, é importante intensificar a oração, porque
somente o Espírito Santo com a sua graça, com a sua luz, com o seu calor pode
degelar nossa insensibilidade e guiar os nossos passos rumo a uma fraternidade
sempre maior.”
A Igreja Ortodoxa
Sírio-Malankar nasceu da pregação do Apóstolo Tomé na Ásia. Radicada na Índia,
conta cerca 2 milhões e 500 mil membros espalhados em 30 dioceses.
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